27 de out. de 2008


Entre aspas....

“Silêncio”
(Bide e Marçal - 1912)

"Chamo alguém, ninguém escuto
Um silêncio absoluto
Envolve meu triste viver
Sinto fugir-me a calma
Tédio invadir minh'alma
Prenúncio de um cruel e longo sofrer
Para mim será o mundo
Um calabouço profundo
Onde ninguém ouvirá
Um dos gemidos meus
Qual condenado aflito
Fito o azul do infinito
Curvo-me a terra em uma prece
Imploro a Deus...

Senhor, a solidão apavora-me
Meu viver é uma cruel melancolia
Invade-me a alma uma grande nostalgia
Senhor! Pra mim tudo é noite
Pra mim não há dia
Silêncio que me rouba a calma
Silêncio que destrói minh'alma
Silêncio que sinto matar-me
Em lenta agonia."

Fragmento de mais um domingo de pleno silêncio interior...

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