28 de out. de 2008

Zoombido

Genial! O programa ‘Zoombido’ (Canal Brasil, Quinta às 21h30) vai virar CD e DVD via Biscoito Fino!

Para quem não conhece, ‘Zoombido’ é apresentado pelo cantor e compositor Paulinho Moska. Lá, Moska discute com outros compositores detalhes do processo de criação e de suas carreiras. A gravadora Biscoito Fino vai editar CD e DVD com duetos memoráveis do artista com nomes da MPB como Lenine, Gilberto Gil, Chico César, Zé Renato, Joyce, Mart'nália, Pedro Luís e Zélia Duncan, entre outros.

Ao longo desse ano destaco a idéia genial de "Para se fazer uma canção". Música que teve o desafio de ser feita a 26 mãos durante as gravações do programa. Cada artista que ele entrevistava, colocava uma frase na música.

Veja no que deu:

‘Para se fazer uma canção’
(Moska)

Para se fazer uma canção (Moska)

Desfaço as malas do meu coração (Vander Lee)

Eu sobrevôo minha solidão (Pedro Luis)

E encontro o fim de um deserto (Celso Fonseca)

Para se fazer uma canção (Frejat)

Um som, um céu sem direção (Zé Renato)

Como eu não previ como eu nunca sei (Leoni)

O amor que dei (André Abujamra)

Acho a luz no fim da escuridão (Jorge Vercilo)

E acendo a imaginação (Joyce)

Olá, você aí (Gilberto Gil)

Que bom te ouvir (Toni Garrido)

E eu não preciso de mais nada (Mart´nália)

Por isso corro nas calçadas, corro nos seus pensamentos (Otto)

Alentos pra solidão (Zélia Duncan)

Passaporte pra dentro da alma (George Israel)

E você que vem com pressa, calma (Oswaldo Montenegro)

Dor adeus, Deus perdão (Zeca Baleiro)

Dois, amor, doeu? (Nando Reis)

Mas como é bom! Mas como é bom! (Jorge Mautner)

E quando é bom, é tudo seu (Lenine)

E eu sou teu, você e eu (Sergio Dias)

Na imensidão à sós (Flávio Venturini)

Essa é minha voz (Isabella Taviani)

Que é a sua voz também (Vitor Ramil)

E a canção é de ninguém (Chico César)

Promete! É isso...


Para conhecer um pouco do programa 'zoombido':

27 de out. de 2008


Entre aspas....

“Silêncio”
(Bide e Marçal - 1912)

"Chamo alguém, ninguém escuto
Um silêncio absoluto
Envolve meu triste viver
Sinto fugir-me a calma
Tédio invadir minh'alma
Prenúncio de um cruel e longo sofrer
Para mim será o mundo
Um calabouço profundo
Onde ninguém ouvirá
Um dos gemidos meus
Qual condenado aflito
Fito o azul do infinito
Curvo-me a terra em uma prece
Imploro a Deus...

Senhor, a solidão apavora-me
Meu viver é uma cruel melancolia
Invade-me a alma uma grande nostalgia
Senhor! Pra mim tudo é noite
Pra mim não há dia
Silêncio que me rouba a calma
Silêncio que destrói minh'alma
Silêncio que sinto matar-me
Em lenta agonia."

Fragmento de mais um domingo de pleno silêncio interior...

3 de out. de 2008

Show: 'Matizes'.
Quem: Djavan.
Onde: Emes Centro de Eventos.
Quando: 12-09-2008.

No início do ano Caetano Veloso aportou por aqui com o seu show 'Cê'. Resolveu mudar, baseou o show no novo lançamento e pagou caro. A resposta do público não poderia ser pior. Aí uma comichão me atacou o juízo: Ter um passado musical irretocável torna o artista refém do seu próprio sucesso? Estaria o segredo em agradar a todos? Tocar o que o povo quer ouvir? Mas será que Caetano não estaria certo? Será que tudo tem que ser necessariamente tão ‘enlatado’?

Entrando em campo com o jogo ganho.

Djavan veio a Aracaju lançar o seu 18º CD, ‘Matizes’, após um hiato de 03 anos sem shows por aqui. Casa cheia, sucessos na ponta da língua, era só escolher as músicas, entrar no palco e não fazer feio. O público que aguardava não esperava por grandes inovações, e sim por um show repleto de grandes sucessos. E assim aconteceu.

Com cenário da Muti Randolph e design de luz de Maneco Quinderé, Djavan veio acompanhado no palco pelos filhos Max Viana (guitarra e voz) e João Viana (bateria), além da banda formada por Sérgio Carvalho (baixo e voz), Renato Fonseca (teclados e voz), Marcelo Martins (saxofones), François Lima (trombone e voz) e Walmir Gil (trumpete e voz), um timaço!

Generosamente acolhido pelo público, Djavan entrou em campo com o jogo ganho, todo mundo cantando tudo junto. Desfilou seu repertório iniciando com ‘Pedra’ e ‘Delírio dos mortais’, do novo álbum, seguindo com clássicos como ‘Oceano’, ‘Eu te Devoro’, ‘ Flor-de-lis’, e tantos outros.

1 + 1 = 2 ou mostrando como se faz.

Eu não acho que Djavan precise se reinventar, ou algo do gênero. Eu vejo que ele tem feito isso em suas obras, em seu processo de composição, deixando o rigor quase Jazzístico de discos como ‘Milagreiro’ e ‘Vaidade’, para criar canções de puro flerte pop como ‘Te Devoro’, do álbum ‘Bicho Solto’ ou mesmo se enveredar pelo mundo dos ‘beats’, com o álbum ‘remixes’.

Apenas sinto falta de mais ousadia ao vivo. Nem tudo precisava ser tão igual, óbvio, perfeitinho, o caminho do agrado não precisa seguir a fórmula de sempre; nesse quesito, ponto para Caetano. Mas será que é isso que o público quer? Mudanças? Risco? Com certeza, isso é o que ele não quer, é o que se percebe quando ele brinca dizendo: “Fora as músicas novas, em todas as outras eu fiz arranjos novos. Faço sempre isso porque quero ter pelo menos a ilusão de que estou cantando um repertório novo”.

Aos que acharam tudo perfeito, como sempre, podem esperar: Ele volta.
Eu queria mais!
Para ver as fotos do show de Djavan, acesse:

2 de out. de 2008

Cd: Pride & Glory.

Artista: Pride & Glory: Zakk Wylde.

Lançamento Oficial: 1994 com relançamento em 1999.

Label: Spitfire Records.

Quanto: R$ 30,00, em média.



Zakk “Fuckin”Wylde.

Quando a lenda do Heavy Metal – OZZY OSBOURNE - lançou o álbum ‘No Rest For The Wicked’ em 1988, uma coisa que me chamou a atenção foi o guitarrista que ele havia recrutado para as gravações. O cara tinha pegada, um ‘feeling’ impressionante e estilo único. Seu nome: Zakk Wylde!


Fazendo História.


Lançado oficialmente em 1994 e re-lançado em 1999, ‘Pride & Glory’ traz canções do mais puro ‘Southern Rock’, que nos remetem imediatamente a uma atmosfera que lembra muito o ALLMAN BROTHERS e também o LYNYRD SKYNYRD. Além das guitarras, Zakk toca também harmônica, banjo, mandolim, piano e canta muito bem, e como canta! Outro destaque é a presença mais do que competente de James LoMenzo no baixo(White Lion, Zakk Wylde, Gilby Clarke, B.K. Diaz, Hideous Sun Demons, Megadeth) e Brian Tichy na bateria (Derek Sherinian, Gilby Clarke, Billy Idol, Kenny Wayne Shepherd, Steve Stevens), que fazem uma cozinha à cima de qualquer suspeita. Todas as músicas são incríveis, e você percebe o quanto são criativos e entrosados.


O ‘Pride & Glory’ teve vida curta, mas os poucos shows que esses caras fizeram viraram lenda. Hoje, Zakk está com o BLACK LABEL SOCIETY e de volta como ‘lead guitar’ de OZZY. Mas esse é um outro capítulo a ser contado. Essa versão remasterizada ainda traz um cd bônus com 06 ‘pérolas’, com destaque para os covers "The Wizard" (Black Sabbath), "In My Time of Dying" (Led Zeppelin) e "Come Together" (Beatles).


Obrigatório para apreciadores de boa música e principalmente para quem gosta de ouvir os gemidos de uma ‘Les Paul’. Quer conhecer Zakk Wylde? Ouça esse disco, ele é a essência deste grande músico!


Não precisa gostar de guitarra, heavy metal ou barulho, basta gostar de música!